Fendi outono inverno 2022-2023 Milão. Resenha de Eleonora de Gray, editora-chefe da RUNWAY REVISTA.


Comunicado de imprensa
Kim Jones refrata duas coleções icônicas da FENDI através de uma lente distintamente contemporânea, reconfigurando o passado para hoje e considerando as assinaturas da casa com uma nova perspectiva.
Inspirada em Delfina Delettrez entrando na sede romana vestida com uma blusa estampada roubada do guarda-roupa de sua mãe, Jones escavou a história da casa para redescobrir a primavera-verão de 1986: uma celebração do amor de Karl Lagerfeld pelo movimento artístico. “O melhor lugar para explorar os arquivos da FENDI é através dos guarda-roupas da Fendi”, observa Jones. “E são coleções que, embora venham do passado, sentem muito agora.”

Retrabalhando e combinando as estampas geométricas e o estilo indumentário de 1986 com a leveza diáfana do outono-inverno 2000-2001, o que emerge é uma exploração diamétrica da força e da suavidade – uma runway de mulheres poderosas em roupas bonitas. “É um guarda-roupa projetado para todos os aspectos da vida de uma mulher, para todas as gerações”, diz Jones. “E tudo começou com Delfina.”
“Isso me traz diretamente para a história da minha família. Eu vi essas impressões em mim mesmo; Kim os viu em Delfina”, explica Silvia Venturini Fendi. “O que mais me interessa na moda é quando não é algo de momento – e com a FENDI é sempre assim, porque nunca é banal. Há sempre uma história por trás de cada peça, algo um pouco diferente.”


Através de tufos de chiffon enfiados em elegantes tweeds; vestidos delicados combinados com longas luvas de caxemira; camisas com espartilhos em formas hiperfemininas; alfaiataria masculina abreviada em jaquetas curtas, um novo equilíbrio é encontrado. O utilitarismo clássico da FENDI – um uníssono irreverente de forma e função – está embutido em peças de vestuário com funcionalidade transformadora: um blazer se destaca em um colete sob medida; um cinto com bolso foi projetado para apertar a cintura e segurar um telefone. As técnicas ilusórias da FENDI são empregadas em mohair enrolado e reaproveitado que dá a ilusão de tosquia, ou tosquia raspada que parece pele. A estampa O'Lock, vista pela primeira vez como parte da coleção Fall Winter 2022-2023 coleção masculina, se traduz na moda feminina com leveza etérea. “Não há barreiras nem divisões na FENDI”, afirma Silvia. “Porque é uma família.”

Em acessórios desenhados por Silvia Venturini Fendi, a dedicação da casa ao artesanato é expressa através de novos capítulos do projeto 'hand in hand', ao lado de iterações de peles intarsia da FENDI First e do shopper oversized. Em comemoração aos 25 anos da Baguette, três de suas amadas edições anteriores são revividas: em cashmere, em couro forrado de shearling e em vison intarsia.
Nas joias desenhadas por Delfina Delettrez, os monogramas são superdimensionados nos fones de ouvido, enquanto as pulseiras de tênis são discretamente inseridas com cristais baguete para uma alusão ao logotipo FF. Enfiado em pingentes e suspenso como brincos, o motivo Master Key é introduzido. “Ele destrava tudo, todas as portas”, sorri Delettrez. “Claramente, o arquivo FENDI.”

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