Schiaparelli Couture Outono 2022-2023. Resenha de Eleonora de Gray, editora-chefe da RUNWAY REVISTA.

Que criações e designs maravilhosamente únicos e elegantes de John Galliano para Dior, Alexander McQueen e Pierpaolo Piccioli para Valentino. Espere… Este é o Schiaparelli, reciclado um pouco de tudo.

Posso trazer look por look e dizer qual peça de Dior ou Valentino foi usada para modificação (nem inspiração). Mas por que se incomodar? Mudaria o ofício de “reciclagem” do diretor criativo Daniel Roseberry? Não.

Daniel Roseberry escreveu recentemente:

“Acho que às vezes ficamos na defensiva quando nossos críticos nos acusam de apenas querer fazer coisas bonitas. Mas o que há de errado em querer fazer coisas bonitas? Não é a única parte importante da vida, é claro, mas é uma parte da vida. E fazer coisas realmente bonitas não é tão fácil assim. Mas é um privilégio – e sou grato por isso todos os dias.” – Daniel Roseberry

Resposta dos críticos:

“Acho que às vezes também ficamos na defensiva quando vemos os designers, que têm o privilégio de trabalhar em uma bela casa de Alta Costura, que reproduzem descaradamente os designs criados por outros, apropriando-se deles, reivindicando a glória. O que há de errado em querer levar essas informações ao público e às pessoas que compram essas reproduções? Não é justo com os designers que os criaram originalmente. Talvez não seja o papel mais importante dos críticos e do media, mas é a coisa certa a fazer. É uma causa, se você quiser. Não é fácil identificar falsificação, cópia, reprodução, exige conhecimento maciço dos desenhos criados desde o início dos tempos, especialmente o século XX, e memória impecável para identificar e comparar o desenho original e a cópia.” – Eleonora de Gray, editora-chefe do RUNWAY MAGAZINE