Tommy Hilfiger Primavera Verão 2025 Nova York “Uma Celebração Náutica da Herança Icônica de Nova York”. História de RUNWAY REVISTA. Foto cortesia: Tommy Hilfiger.
O desfile Primavera Verão 2025 da Tommy Hilfiger foi mais do que um runway—foi uma homenagem à rica história e à iconografia inconfundível da cidade de Nova York, executada com o talento e o polimento pelos quais a marca é conhecida. Após sua grande reentrada na New York Fashion Week na temporada passada no icônico Oyster Bar na Grand Central Station, Hilfiger dobrou seu amor pela cidade com uma apresentação deslumbrante que casou tradição com elementos inesperados.
Nesta temporada, o espetáculo começou antes mesmo do primeiro modelo chegar ao mercado runway. O Empire State Building, iluminado com o vermelho, branco e azul característicos da Hilfiger, serviu como um farol vibrante, sugerindo a grandeza que viria. No entanto, isso foi apenas o teaser. A verdadeira magia se desenrolou na ponta sul de Manhattan, a bordo do aposentado Staten Island Ferry, o MV John F. Kennedy. Um emblema da história de Nova York, o navio operou de 1965 a 2021 e agora serve como um local peculiar e nostálgico — perfeito para a visão de Hilfiger de icônico, mas inesperado.
Os convidados foram convidados para o show com moedas em tom de bronze que lembram as fichas do Staten Island Ferry, uma referência inteligente ao passado da cidade e um testamento à atenção de Hilfiger aos detalhes. A escolha do MV JFK, um navio histórico que completou aproximadamente 200,000 viagens, foi um paralelo perfeito à jornada duradoura de Hilfiger no estilo americano. A presença do nativo de Staten Island, Colin Jost, acrescentou um toque de charme local, embora seu parceiro de negócios Pete Davidson estivesse notavelmente ausente.
A coleção de Hilfiger, com esse cenário único, foi uma aula magistral de misturar o antigo com a Geração Z. O desfile abriu com estilos Tommy Hilfiger por excelência: blazers de capitão da marinha, trench coats estilo peacoat, suéteres de críquete e golas em V de tênis preppy. A base da coleção estava firmemente enraizada na herança da marca — estética clássica náutica e preppy universitária executada em listras e na paleta de assinatura da marca.
No entanto, foram as reviravoltas inesperadas que realmente diferenciaram esta coleção. Hilfiger introduziu a modernidade com botões amassados, calças de prega única em jeans leve e suéteres tricotados à mão em tecidos luxuosos como seda, algodão e cashmere. Um destaque particular foi a série de capris justas em xadrez vibrante — divertidas e com ousadia suficiente para parecerem frescas, quase Chanel e muito modernas.
A coleção de Hilfiger brilhou quando adotou uma estética mais vivida, um pouco desfeita. Não se tratava de perfeição combinando, mas sim de um estilo chique e sem esforço que dava vida a cada visual. É essa disposição de brincar com os códigos estabelecidos de sua marca que infundiu à coleção um senso de modernidade e a manteve relevante.
O MV JFK, assim como o próprio Hilfiger, é um testamento de resistência e adaptação. Ambos são clássicos americanos, avançando firmemente enquanto honram o passado. Em uma cidade cheia de ícones — a Estátua da Liberdade, o Empire State Building e, sim, o sanduíche de bacon, ovo e queijo da delicatessen da esquina — Tommy Hilfiger garantiu seu lugar neste panteão. Seu desfile de primavera/verão de 2025 não foi apenas sobre roupas; foi sobre a vida em uma cidade grande, uma celebração de resiliência, reinvenção e o espírito inquebrável de Nova York.
Com esta coleção, Hilfiger nos lembrou que os verdadeiros clássicos nunca desaparecem; eles evoluem, surpreendem e permanecem essenciais. Enquanto a balsa atracava e as luzes da cidade brilhavam à distância, ficou claro: o legado de Tommy Hilfiger, como a própria Nova York, está sempre em movimento, navegando em novas águas enquanto permanece fiel às suas raízes.