Hermès Outono Inverno 2025 Xangai “Au Galop!” História de RUNWAY REVISTA. Foto/Vídeo Cortesia: Hermes.
Em uma noite de junho em Xangai, a Hermès apresentou o segundo capítulo de sua coleção feminina Outono-Inverno 2025. A diretora artística Nadège Vanhée trouxe a grife parisiense para a Baía de North Bund com precisão, apresentando uma coleção que era igualmente refinada, técnica e discretamente opulenta. Tendo como pano de fundo o Rio Huangpu e o horizonte iluminado, a Hermès reafirmou sua posição como uma marca que raramente erra o alvo.




Intitulado “Au Galop!”, a coleção explorou o conceito de movimento — entre cidades, épocas e identidades. Situada em um laranja marcante runway Com vista para o horizonte de Lujiazui, o espetáculo se desenrolou com elegância deliberada. Barcos navegavam ao longo do rio enquanto as luzes se apagavam e um muro se abria para revelar a paisagem urbana. Champanhe com infusão de vinho de arroz e flores silvestres flutuantes serviam de abertura para a apresentação principal: camadas e mais camadas de roupas habilmente confeccionadas.
A natureza modular da coleção era a essência. "Atemporalidade" e "transformação" eram as palavras-chave, com Vanhée entregando peças que se transformam e se adaptam às necessidades de quem as veste. Um vestido de couro se abre e se transforma em um colete e saia lápis; o forro estampado de um casaco se destaca e se torna uma peça independente; e a parte superior de um casaco se transforma em uma jaqueta cropped — tudo sem fechos visíveis. Não se trata de truques, mas sim de elementos de design intencionais, reforçando a ideia de investir em roupas em um mercado de luxo incerto.








O motivo de trança característico de Vanhée estava presente em todo o look — desde Adestramento Tressage do carré de seda de Virginie Jamin ao acabamento trançado à mão de uma bolsa Kelly. Sinalizava a herança equestre da Hermès e, ao mesmo tempo, fazia referência à mistura do savoir-faire parisiense com a energia xangaiense.
Tecidos ricos definiam o visual: jaquetas de pele em tons de vinho, cashmere dupla face e lenços de seda com argolas da casa. As silhuetas faziam referência ao streetwear de Xangai, com camisas de botão e malhas amarradas na cintura, mas executadas em couros finos e tecidos nobres. Os acessórios seguiam o exemplo: Mini Kellys usadas na transversal ou como mochila, e os novos fones de ouvido de couro Hermès do Atelier Horizons — luxo redefinido por meio de uma funcionalidade sutil.
Apesar do foco na transformação e na sobreposição, nada pareceu excessivo. Cada look foi calibrado, cada combinação foi medida com precisão. O efeito geral: equilibrado, estruturado e relevante.
Xangai, com sua dualidade cultural de modernidade e herança, serviu como um cenário perfeito. A Hermès não buscou o espetáculo — ela executou a disciplina. O artesanato, a confiança silenciosa, a capacidade de criar camadas sem sobrecarregar — isso era a Hermès operando em plena potência.
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