A jornada das bolinhas na moda

A Jornada do Bolinhas na Moda – A estampa alegre que dançou através dos séculos. História de Guillaumette Duplaix, Editora Executiva da RUNWAY REVISTA. Foto Cortesia: GettyImages / Disney / Time Archives / Dior.

BOLINHAS & POIS

A pois motivo, conhecido em inglês como bolinhas, é definido por uma repetição de círculos preenchidos e uniformemente espaçados — geralmente grandes, ousados ​​e assumidamente lúdicos.

Embora seu nome possa evocar imagens de estampas alegres em vestidos vintage, “bolinhas” na verdade tem sua origem no Dança da polca. Sim, é verdade. Muito antes de se tornar sinônimo de estilo retrô ou do guarda-roupa icônico da Minnie Mouse, o bolinha estava ligado ao ritmo e ao movimento.

Mas antes de suas alegres associações modernas, a história das bolinhas era menos glamorosa. No Idade Média, pontos irregularmente espaçados não eram vistos como decorativos, mas perturbadores. Sem ferramentas de tecelagem industrial e ainda menos conhecimento médico, manchas eram frequentemente associadas a doenças — lepra, sífilis, varíola, peste bubônica e sarampo. A semelhança visual com erupções cutâneas tornava os padrões pontilhados um símbolo de contágio e impureza. Em resumo: não está na moda.

Não foi até o Revolução Industrial, por volta de 1760, e a invenção da máquina de costura em 1790, que as coisas começaram a mudar. A tecelagem mecanizada permitiu a criação de pontos perfeitamente redondos e uniformemente espaçados. E à medida que os tecidos estampados se tornaram mais acessíveis, mulheres da classe trabalhadora começaram a adotar motivos lúdicos, como bolinhas, como uma forma de escapar da monotonia das roupas tradicionais e sombrias, principalmente porque não tinham condições de comprar as sedas e os cetins da classe alta.

Da moda da dança à declaração de moda

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De acordo com o relatório século XIX, os imigrantes europeus trouxeram o Dança da polca para os Estados Unidos, onde explodiu em popularidade entre 1840 e 1890. Clubes de polca se formaram em cidades por toda a América, e seus membros — especialmente mulheres — começaram a usar roupas pontilhadas como uma forma de identificação. A cor dos pontos até indicava afiliação ao clube. Este foi o início da polca como uma assinatura social, dançando das pistas de dança para os guarda-roupas do dia a dia.

Embora a mania da dança eventualmente tenha desaparecido, os pontos permaneceram. O nome também pegou—de bolinhas—imortalizado não por seus passos, mas pelo tecido festivo que inspirou.

O ponto totalmente americano

As bolinhas entraram na consciência americana durante a Roaring Twenties, Quando Norma Smallwood, coroada Miss América em 1926, usou um maiô de bolinhas. Foi mais do que uma escolha de moda — foi um momento cultural. O motivo ganhou popularidade, e os designers o adotaram como uma estampa nova e moderna.

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Mas o segunda idade de ouro da bolinha veio durante II Guerra Mundial, graças ao modelo pin-up Pimenta Williams. Uma série de fotos icônicas com ela em um maiô branco com bolinhas pretas conquistou corações por toda a América. Seu estilo se tornou uma sensação — tanto que Estrelas de Hollywood seguiram o exemplo, incluindo o luminoso Hedy Lamarr.

Pós-guerra, Marilyn Monroe reviveu o visual em um biquíni de bolinhas agora lendário, canalizando o espírito de Chili Williams e elevando o ponto ao puro glamour. Naquela época, as origens originais do padrão já estavam esquecidas há muito tempo. O ponto não era mais simbólico — era simplesmente estiloso.

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Bolinhas encontram a cultura pop

Um dos primeiros sinais da popularidade duradoura do motivo veio de Estúdios Walt Disney. No desenho animado de 1928 Avião louco, Minnie mouse fez sua estreia usando um vestido vermelho de bolinhas e laço combinando — instantaneamente consolidando o visual na cultura pop. Desde então, seu guarda-roupa tem apresentado variações de suas bolinhas características: azul, rosa, vermelho, sempre combinados com saltos amarelos e luvas brancas. Um ícone de estilo por si só.

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Do lúdico ao prestígio

Em meados do século XX, as bolinhas não eram mais apenas uma estampa alegre - elas estavam sendo reinventadas como moda de luxo. Entrar Christian Dior, que apresentou bolinhas em seu revolucionário New Look coleção, provando que eles podiam ser tão elegantes quanto extravagantes.

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In 1954, costureiro francês Madame Gres seguiu com seus próprios designs de bolinhas, refinando ainda mais o lugar do motivo na alta costura runways.

Durante a 1980s, enquanto a moda revisitava as silhuetas dos anos 1940, as bolinhas viram mais um renascimento. Uma de suas usuárias mais icônicas? princesa Diana, cujos looks de bolinhas trouxeram o padrão de volta ao cenário mundial — desta vez com o endosso real.

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Um renascimento atemporal

Na última década, as bolinhas tiveram um novo ressurgimento, graças à renascimento pin-up e um retorno nostálgico ao estilo dos anos 1950. Eles se tornaram um item básico dos guarda-roupas retrô-chic e são frequentemente apresentados na moda inspirada no rockabilly e na estética do rock 'n' roll inicial.

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Valentino Couture Bolinhas 1960-1990

Designers contemporâneos e Polka Dots

Designers gostam Dolce & Gabbana e Valentino tornaram o ponto seu, entrelaçando-o em coleções contemporâneas com ousadia e sensualidade.

E, claro, não podemos falar de bolinhas sem mencionar o grande Yayoi Kusama. A lendária artista japonesa dedicou toda a sua carreira a explorar as dimensões emocionais e filosóficas do ponto. Suas instalações imersivas e colaborações com marcas de luxo — particularmente Louis Vuitton—levaram o motivo da vestimenta para a galeria.

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Conclusão

Ao longo de sua longa jornada de símbolo incompreendido a ícone alegre, o de bolinhas dançou através dos séculos, culturas e passarelas. Seja usado em uma pista de baile, um pôster de pin-up ou uma alta costura runway, ele continua a capturar nossa imaginação — prova de que alguns padrões são verdadeiramente eternos.



Postado de Paris, Quartier des Invalides, França.